GRUPO DE ESTUDOS POLÍTICOS Práxis Revolucionária

Feito para estimular o Pensamento Crítico.

Estudos visando a Formação Política, Econômica e Social dos integrantes, dicas de Livros, Resenhas, dicas de Coletivos, dicas de Movimentos e Informações que possibilitam a Difusão da Consciência de Classe.

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Esse Grupo de Estudos tem como proposta entender o mundo em que vivemos, suas constantes transformações e, por meio do incentivo ao Pensamento Crítico-Social e a Formação Política, descobrir qual o melhor rumo tomar.



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terça-feira, 30 de junho de 2020

24/7 CAPITALISMO TARDIO E OS FINS DO SONO | RESENHA CRÍTICA

24/7 CAPITALISMO TARDIO E OS FINS DO SONO

Jonathan Crary
144 páginas
Coleção Exit 
Cosac Naify - 2014




Como uma breve análise do papel do sono em um sistema 24/7 de consumo pode descortinar grandes contradições do sistema capitalista? 

Jonathan Crary reuniu um vasto material de pesquisa para demonstrar como o mundo ativo no sistema 24 horas por dia, 7 dias por semana afeta nossas vidas. São estudos científicos para desenvolvimento de projetos militares, análise de técnicas de tortura, referências do mundo das artes entre filmes, livros e pinturas, além de inúmeras evidências do uso da tecnologia para atender a especulação do consumo 24/7. Tudo isso para demonstrar como todos esses elementos estão muito mais interligados do que nós pensamos.

O autor de “24/7 Capitalismo Tardio e os Fins do Sono”, em um ensaio composto por quatro capítulos, nos apresenta uma perspectiva muito importante - e perturbadora - sobre o sistema social e econômico em que vivemos, mas que por diversas razões não prestamos a devida atenção.

Mas o que é o sono e por que ele está em risco, segundo Crary?

O autor aborda o sono sob uma perspectiva que faz o leitor realmente parar para refletir e até se perguntar: mas como não pensei nisso antes? Com uma análise bastante incisiva, Crary nos mostra que no sistema econômico em que vivemos, um mundo estruturado para que o ser humano se assemelhe cada vez mais à máquina e somente o “homem econômico” tenha valor, o sono acabou por se tornar uma "perda de tempo":

"Não surpreende que em todo lugar esteja em curso uma degradação do sono dada à dimensão do que está, economicamente, em jogo."

“Acreditar que existam quaisquer traços essenciais que distinguem os seres vivos das máquinas é, dizem-nos os críticos célebres, ingênuo e delirante.”

Oras, mas porque alguém protestaria - pode-se perguntar - se novas drogas nos permitissem trabalhar cem horas seguidas? Períodos de sono mais flexíveis e reduzidos não nos permitiriam maior liberdade pessoal e organização da própria vida de acordo com necessidades e desejos individuais? Menos sono não nos permitiria maior produtividade e oportunidade de "viver a vida ao máximo"?

“(...) no paradigma neoliberal globalista, dormir é, acima de tudo, para os fracos."

E as provocações certeiras continuam:


"As incursões contra ele [sono] criam as condições de insônia nas quais o sono deve ser comprado."

Parece sutilmente óbvio e a verdade fica ecoando:


O sono deve ser comprado...

O sono deve ser comprado...

O sono deve ser comprado…

Isso é muito impactante. Realmente, as pessoas têm comprado seu sono, cada vez mais a população precisa de medicamentos para dormir. Mais uma contradição do capital?

Mas e quando esse medo de dormir é traduzido em outra contradição:

"A insônia corresponde à necessidade de vigilância, à recusa de ignorar o horror e a injustiça que assolam o mundo. (...) A insônia deve ser distinguida do fardo da vigília com sua atenção quase insuportável ao sofrimento e à enorme responsabilidade que ele impõe." (Emmanuel Lévinas)

É interessante a forma como Lévinas interpreta a insônia, mas no texto se vai além, pois afirma que o fato de "estar preocupado" não impulsiona a pessoa a resolver as questões que causam a insônia. E o autor insiste em como essa insônia transforma o orgânico racional em uma massa corpórea manipulável como metal:

"Essas evocações do sonambulismo em massa têm em comum a associação de comportamentos rotineiros, habituais ou de quase transe à debilitação ou redução das capacidades perceptivas."

E nós temos presenciado esse "sonambulismo em massa" aqui e agora, todos os dias: uma inércia, impotência, apatia diante de tudo e de todos, como se não fossemos os atores da nossa vida ou da vida em sociedade. As notas de repúdio, tão em voga atualmente, talvez sejam filhas desse sonambulismo.

Mas o sono e o dormir são sinônimos?

Parecem estar mais para antíteses, pois, não importa se a pessoa está dormindo ou acordada. Muitos que vivem acordados e que, inclusive, tem insônia e tomam remédios para dormir, "dormem" mais e profundamente do que os que "dormem" bem.

Continuando com as análises de impacto, o autor cita um projeto governamental em curso na década de 90 que consistia no envio de placas espelhadas gigantes ao espaço para que elas refletissem a luz solar em regiões escuras na Terra, de modo a “prolongar o dia” proporcionando maior produtividade e economia de energia elétrica nessas regiões. Por sorte, o projeto falhou miseravelmente, mas isso não significa que não tenham outros cientistas pensando em fazer a mesma coisa.

Em relação a isso, nas discussões do Grupo de Estudos Práxis Revolucionária surgiu um paralelo interessante com uma das técnicas utilizada na avicultura. A técnica consiste em fazer com que as aves nas granjas sejam submetidas a luz artificial durante 24 horas. Vivendo “dias eternos”, as aves deixam de distinguir o período noturno como sendo de descanso, o que ocasiona a necessidade de se alimentarem por um período mais longo, diminuindo o tempo de engorda e até mesmo aumentando a quantidade de postura de ovos, consequentemente, aumentando a produtividade e lucratividade da granja. É como se as aves vivessem duas intermináveis e sua produção seguisse o mesmo padrão.

Aquelas placas espelhadas gigantes no espaço tinham o mesmo objetivo! As pessoas não passariam de enormes aves de granja...

Seguindo a leitura, nos deparamos com outras informações impressionantes nas quais o autor continua a revelar verdades incômodas que, por vezes, guardamos na sessão de distopia, mas que com um pouco de reflexão, percebemos que a imposição ainda que imperfeita do mundo 24/7 nos formatou mentalmente para aceitar passivamente esse cenário inacreditável.

O texto deixa cada vez mais evidente o sentimento de frustração anunciado repetidamente por muitos teóricos acerca das inúmeras contradições do capitalismo. É constante a sensação de alívio e de estupefação que permanece durante toda a leitura, deixando cada vez mais forte a certeza de que a manipulação do sistema é muito mais intensa do que jamais imaginamos.

Conforme avançamos no texto, mais claro fica que essa filosofia 24/7 vai muito além da privação do sono para consumo e produção, se tratando, em realidade, de técnicas avançadas de dominação e controle das nossas vidas. E mais uma vez chegamos ao mesmo ponto: controle para quê? E pra quem? No fim, percebemos que as diferentes questões que levantamos no grupo ao longo de nossas leituras e discussões nos levaram aos mesmos caminhos, cujos problemas têm as mesmas raízes: favorecimento do capital e aumento do lucro da classe dominante, mesmo que isso custe a vida da população e a destruição do planeta.

O livro alerta, ainda, sobre a passividade e a forma consensual que diariamente cedemos nossos dados:

“As formas mais avançadas de vigilância e análise de dados utilizadas pelas agências de inteligência são agora também indispensáveis para as estratégias de marketing de grandes empresas. Telas e outros displays que rastreiam os movimentos oculares, assim como as durações e os pontos de fixação do interesse visual em sequências ou fluxos de informações gráficas, são amplamente empregados. Cada visita casual a uma única página da internet pode ser minuciosamente analisada e quantificada em função de como o olho a percorre, pausa, se move e dá mais atenção a algumas áreas em detrimento de outras. Mesmo no espaço físico de grandes lojas de departamento, scaners de rastreamento do olhar fornecem informações detalhadas sobre o comportamento individual — por exemplo, determina por quanto tempo olhamos para produtos que não compramos. Há tempos existe um campo de pesquisa de ergonomia ótica generosamente financiado. Passiva e muitas vezes voluntariamente, colaboramos para nossa própria vigilância e para a coleta de nossos próprios dados.”

O 24/7 não se trata apenas do estado de vigília constante, mas de vigilância. Nós já somos dominados e controlados, já estamos numa máquina sendo prensados e homogeneizados por um sistema que nos torna mercadoria, produto e escravos do consumo desenfreado, com a ilusão de felicidade e status. A robotização da raça humana tal como videoclipe do Pink Floyd: “Another Brick in the Wall”. Estamos caminhando padronizadamente sem pensar, sem questionar nosso estilo de vida, prestes a cair numa máquina de moer. E a música é isso mesmo: você é apenas mais um tijolo na parede. Cumpra seu papel: trabalhe como um semi-escravo, produza lucro para o patrão, aceite ser oprimido e abusado, não durma, consuma coisas que você não precisa (mas que te fazem achar que precisa porque eles que mandam), não pense, nem questione, “venda seus órgãos para ter o que comer”, não durma. E se você não obedecer, eles sabem. Estão te vigiando 24/7!

Essa vigilância também molda a propaganda direcionada para nossos gostos. Vemos determinado produto e o desejamos profundamente fazendo de tudo para consegui-lo e, quando o conseguimos, o mercado lança outro produto mais moderno e lá vamos nós novamente girar todo do mesmo ciclo de desejar, conseguir e não querer mais. Tais mecanismos de controle são tão sutis que não seria muito exagero denominá-los de auto-escravidão, viramos reféns das coisas que precisamos ter, dos produtos que precisamos consumir, do conteúdo que devemos acompanhar, das celebridades com suas vidas de redes sociais idealizadas, um fetiche do consumo que previamente já sabemos e será frustrado pela contradição.

Todos esses fatores descortinam o fato de que o discurso propagado pelas classes detentoras de poder já trazem em si a ideia de dominação e opressão sobre os mais vulneráveis, pois “o modo de produção das classes dominantes desvaloriza e deslegitima a vida humana”. Assim, sendo a população a destinatária desse discurso, é na vida em sociedade que essa dinâmica é sentida com cada vez mais força.

E a pergunta que remanesce é: Seria possível não servir ao sistema 24/7? Seria possível escapar disso em um mundo capitalista tão despolitizador?

Quando o conceito de ideologia surge, o livro tenta estabelecer uma reflexão mais crítica sobre a realidade baseada nos ideais do iluminismo e nos conceitos de igualdade, liberdade e fraternidade (adotados pela Revolução Francesa). Ao ser reapropriada por correntes mais conservadoras e neoliberais, a ideologia foi tratada como um conjunto de ideais fora da realidade ou um projeto falso e mentiroso. Isso aconteceu basicamente com o objetivo de inverter a concepção dessas ideias, vendendo a mensagem que os ideólogos enganavam o povo para fazer com que elas passassem a “atacar pessoas que advogam por liberdade”.

Quando Marx e Engels escrevem sobre a ideologia, eles defendem que “as ideias dominantes são uma cristalização ideal das práticas materiais das classes dominantes”.

Enquanto a verdadeira mensagem estiver velada e escondida em um discurso que é feito para atrair a classe oprimida, há ideologia, e ela existe para dominação e manipulação das massas.

Por exemplo, a ideia do “produza/estude/trabalhe enquanto eles dormem” não fala explicitamente que você deve abrir mão do seu sono para estar disponível para o sistema opressor dominante, ela passa a ilusão que você vencerá na vida caso faça isso e que dormir é um atraso, pois os vencedores abrem mão desse “direito” em favor da escalada social. Entretanto, a real mensagem atrás dessa ideia é: você deve pensar e agir de acordo com os interesses de produção das elites para torná-las mais ricas, enquanto você sacrifica sua vida, seu tempo, sua saúde e seu bem-estar em favor da acumulação de bens da classe dominante.

E pelo simples fato dessas ideias aparecerem veladas no discurso das elites, torna-se mais fácil embutir nas pessoas exatamente o pensamento e comportamento que se deseja sem que elas percebam que estão recebendo, processando, compactuando e vivendo essas práticas.

Outro ponto interessante para análise é que o excesso de informação ao invés de aumentar nosso conhecimento faz o contrário, promovendo o apagamento da memória coletiva, pois somos bombardeados de informações mal tendo tempo para pensar em um assunto enquanto já há outra demanda para refletir, mas não há reflexão profunda, debates, crescimento e desenvolvimento de pensamento crítico, fica tudo em uma camada enorme de superficialidade.

E até o último parágrafo do capítulo o autor pressiona o leitor a prestar atenção:

“Compramos produtos que nos foram recomendados pelo monitoramento de nossas vidas eletrônicas, e voluntariamente deixamos feedbacks para outros a respeito do que compramos. Somos o sujeito obediente que se submete a todas as formas de invasão biométrica e de vigilância. E que ingere comida e água tóxicas. E vive, sem reclamar, na vizinhança de reatores nucleares. A abdicação completa da responsabilidade pela própria vida é indicada pelos títulos dos diversos guias best-sellers que nos dizem, com uma fatalidade sombria, quais são os mil filmes que devemos ver antes de morrer, os cem destinos turísticos que devemos visitar antes de morrer, os quinhentos livros que devemos ler antes de morrer.”

Uma das muitas reflexões que a leitura de 24/7 nos proporcionou foi um exercício de “e se...”:

E se o mundo fosse outro e funcionasse sob outros paradigmas, existiria essa mesma tecnologia?

Uma resposta muito interessante:

“Acredito que seria um mundo onde a obsolescência não seria tão rápida, onde não precisaríamos de um novo celular todo ano, as soluções tecnológicas seriam voltadas para o bem estar comum, seriam levados em conta todos os custos ambientais do processo, não existiria uma tecnologia voltada por exemplo ao melhoramento genético de espécies, falando do que conheço um pouco melhor, e sim voltada para os cultivos agroflorestais onde as pragas florestais são muito mais reduzidas e a produção de variedades de alimentos é muito maior consequentemente alimenta mais pessoas de forma mais eficiente, como hoje já temos estudos nessa pauta, mas sem o devido financiamento. No setor da saúde/farmacêutico as pesquisas seriam voltadas para a cura e não para o tratamento dos sintomas. As pessoas teriam consciência de toda cadeia produtiva e não apenas a visão do produto final.”

E ainda, como seria o uso da tecnologia sem o capitalismo?
"A ideia de obsolescência não seria a norma, e o uso da tecnologia seria voltado para uma melhora na qualidade de vida e na melhor alocação dos recursos. Mas e se essa tecnologia fosse usada para mais uma vez exercer autoridade sobre determinados grupos. Acho que isso só não aconteceria se tivéssemos de fato um sistema educacional voltado para o incentivo ao pensamento crítico e reflexivo. Assim, uma “ideologia dominante” não seria imposta. Mesmo com a ausência do capitalismo, sempre haverá pessoas dispostas a agirem de forma opressora, e a tecnologia poderia ser uma aliada. O que me leva a uma pergunta: será que esse sistema de opressão só existe porque estamos inseridos nesse contexto atual, ou é algo inerente ao ser humano? Será que aprendemos intolerância, preconceito e vontade de dominar certos grupos, ou é algo da nossa natureza? Porque se a resposta for natural, não importa o sistema que estamos, sempre haverá um grupo dominante exercendo autoridade sobre pessoas mais vulneráveis.”

Em um paralelo do texto com o livro “O Mundo Assombrado Pelos Demônios”, no qual Carl Sagan fala sobre ciência e avanços tecnológicos - sob uma outra perspectiva - mas que também coloca a 2ª Guerra e na Guerra Fria (projetos militares) uma espécie de mola propulsora dos avanços tecnológicos que temos hoje, Sagan aponta que com a Guerra Fria, teria iniciado uma corrida tecnológica entre EUA e União Soviética para provar qual sistema era melhor, e que com isso - e todo o investimento financeiro pesado em pesquisa científica como forma de mostrar poderio - houve essa explosão de desenvolvimento tecnológico. No fim, quem ganhou a Guerra Fria é quem dita nosso modo de pensar e já sabemos o resultado.

A obra “Arkwright's Cotton Mills by Night” do pintor Joseph Wright antecipa características da temporalidade 24/7 no contexto do início da industrialização, o contraste entre o rural e o progresso urbano denota uma necessidade de romper a ligação do homem com a terra. É razoável pensar que a última ligação do homem com o campo se deu por ferramentas como a mecanização agrícola, expansão de latifúndios, melhoramentos genéticos e manutenção da monocultura, tudo pautado da produtividade do campo não com intuito de alimentar as pessoas, mas de maneira geral em países de capitalismo dependente, para exportar em forma de commodities. Agora o homem não tira o alimento da terra, ele faz um trabalho monótono em cultivos altamente mecanizados e dessa atividade obtém seu salário que é de onde adquire os alimentos. Uma transformação gradual do sentido e relacionamento do homem com a terra, um sentido modificado pelo capitalismo com base na venda da força de trabalho onde percebe-se bastante claramente um frustração e contradição do sistema.

Mas não é somente na venda da força de trabalho que reside as contradições do sistema, o capitalismo consegue extrair lucro até mesmo do ócio, suplantando dentro de cada um a inércia de cada vez mais nos tornarmos máquinas. O autor aponta para a chegada do neoliberalismo que trouxe consigo inúmeros mecanismos para faturar com o ócio, como a televisão que capta o cotidiano e que anteriormente fugia ao controle do capital, mas foi transformado em algo sistêmico, ocupando nossos momentos em casa com consumismo, lazer organizado e espetáculo.

Ainda no escopo do lucro do ócio, mais atualmente podemos analisar o que a internet, nas redes sociais como o WhatsApp, o Instagram, Facebook podem proporcionar nesse âmbito. Vemos imagens atrás de imagens, stories, mídias prontas e nossa mente é incapaz de se desligar, não temos mais estados de devaneios, por que o "eu", improdutivo, não é funcional, demanda um tempo "perdido'. E há ainda uma mercantilização desse espaço que disputa nossa atenção, são perfis de organização, de leitura dinâmica de produtividade, fazendo do cotidiano um grande marketplace de realidade aumentada, querendo moldar e capitalizar cada minuto do nosso dia.

Como toda boa leitura, essa obra nos respondeu muitas perguntas e nos provocou com muitas outras. Quem lucra com essa nossa produtividade incessante e sem sentido? Produzimos para quem ganhar? Ganhamos o que com isso???

Esse livro é a materialidade de coisas que a gente já sentia, mas nunca havia incorporado em palavras e proferido em voz alta. O que será que nos resta?


Por Grupo de Estudos Políticos Práxis Revolucionária
Texto produzido em conjunto a partir das reflexões do Grupo.
Contribuições dos participantes: Anienne Nascimento, André Luiz Oliveira, Evelyn Teixeira, João Guilherme Matos, Jaqueline Menezes e Patricia Llorente.

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