OPINIÃO
Por Anienne Nascimento*Dia desses eu estava assistindo a um vídeo da BoiTempo no YouTube e o professor trouxe uma fala do Che Guevara que me fez refletir bastante. Ele dizia que a principal obra que uma transição socialista tem que legar não é relacionada apenas às metas de produção, mas ao "novo ser humano".
E como seria isso?
Num mundo socialista, é necessária a construção de relações onde o ser humano se torne diferente deste que está posto no mundo de produção capitalista que produz tantas injustiças, desigualdades e barbárie.
Aqui foi criado um ser humano mesquinho, individualizado, que só pensa em si e em seu próprio umbigo, que quer ter sempre mais que o outro e tirar vantagens.
Esses elementos estão cristalizados na consciência pequeno-burguesa e está bem distantes do novo ser humano que deve ser a expressão dessa nova sociedade.
É claro que numa transição os velhos valores continuam tendo um papel forte por algum tempo, pois as mudanças reais acontecem devagar e paulatinamente.
As coisas não são tão simplistas assim. Há uma série de fatores que implicam nisso. Os seres humanos são infinitos em suas diferenças. Falemos de mudanças das desigualdades e das injustiças, mas de seres humanos...? É complicado colocar todo mundo num caldeirão só, mas entendo que para se aceitar um sistema mais igualitário com boa vontade, é preciso abrir mão desse egocentrismo.
Enfim...
*Anienne Nascimento é Médica Infectologista e trabalha também com Terapêuticas Energéticas. É Escritora, com dois romances de ficção publicados: "Memórias de uma Cortesã" e "Mocinha". Tem um Perfil no Instagram: @_aniennenascimento onde escreve, preferencialmente, sobre Literatura em geral e, atualmente, também sobre Política, desde que se tornou Membro do Grupo de Estudos Políticos Práxis Revolucionária.


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